domingo, 26 de maio de 2013

FACES

Sou
pobre ovelha negra,
encontro-me perdido
pelos labirintos do mundo,
a vida
me fez ovelha,
a experiência
revestiu-me com uma pele de lobo,
aprendi a uivar pra lua,
sou ovelha negra em serenata.
Acostumei, vez por outra,
fugir do pastor
e aconselhar-me com o diabo.
Fiz-me devoto,
orei no templo do bem e do mal,
agasalhei frios com minha lã,
provocou calafrios meu uivar.
Volto,
pinto de branco
ovelha negra interior.
Misturo-me furtivamente ao rebanho,
e sorrio ironicamente
a lua adormecida em mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário